quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Na Tijuca...


Tempo de mudanças. Aviso aos amigos que agora faço parte da aldeia tijucana.

Eu e Marina juntamos as escovas e escolhemos a Tijuca para iniciarmos nossa vida em comum.

Niterói permanece nas minhas lembranças; das (importantes) situações que vivi por lá; vivências determinantes na formação da minha personalidade e do meu caráter. Carregarei pra vida inteira.

Vamos a Tijuca; estou muito bem localizado, cumpadres e cumadres; estou ao lado do Bar do Momo, a poucos passos do Pavão; estamos morando na General Espírito Santo Cardoso.

O Renascença é logo ali, o Salgueiro também.

Escolhemos a Tijuca também por acreditarmos que o bairro é uma trincheira da tão propagada hospitalidade carioca. Que carrega símbolos de um Rio mais ameno, boêmio e amistoso. E é muito gratificante comprovar indícios de que não estávamos errados.

Vejamos:

Estávamos preocupados com a entrega do novo fogão. Essas lojas (Casa e Vídeo, Ricardo Eletro) não estipulam horário certo de entrega - o consumidor tem que se virar para receber a mercadoria que comprou; tem que ficar o dia todo em casa. Ficamos surpresos quando, ao chegarmos em casa, tomarmos ciência que o porteiro havia recebido o fogão (mesmo sem ter ninguém em casa) e guardou-o pra gente na portaria do prédio. Pra nós, isso é novidade.

Ou ainda o recepcionista da casa de festas infantis, que nos dá boa noite, toda vez que passamos em frente ao estabelecimento. Na primeira vez, achei que ele estava viajando; que tava achando que íamos entrar na casa de festa. Depois reparei que não; que o cara gosta de cumprimentar mesmo os transeuntes.

Tem também o atendente do Momo, que me cumprimenta toda vez que passo em frente ao bar, apesar de ter parado (AINDA) só uma vez por ali; ainda assim, rápido e sozinho.

Vibrei, ontem, quando escutei um carro de som (muito tempo não escuto isso, estou muito "urbanóide") convocar para uma festa da Unidos da Tijuca. Vibrei, mesmo sendo para a coroação da Gracyanne Barbosa e show do Belo.

Abri um largo sorriso quando Marina me contou que viu um grupo de petizes meninos cantando o samba da Unidos da Tijuca no ônibus. E com orgulho na letra de a pura cadência, levanta poeira.

E não faz um mês, ainda, que estou morando por aqui.

Aos que, porventura, possam achar que estou um tanto romântico, respondo que prefiro a observação romantizada ao olhar duro e frio; o olhar romântico é determinante pra me fazer viver bem!

Abraços!!