sábado, 30 de abril de 2016

Esse Brasilzão...

E aí rapaziada, tudo certo? Bem, assisti esse vídeo aqui:




Quem ainda não assistiu, dá uma clicada. É um vídeo simples, da Kauany Sousa, que se formou em Serviço Social no ano passado. É de Mossoró, Rio Grande do Norte.

Pois tá bom, e daí? Esse vídeo, pra mim, representou bastante coisa; me emocionei sim (fazer o quê?).

A Kauany levantou a enxada para homenagear seus pais, trabalhadores do campo! A emoção e a homenagem dela são tocantes! Verdadeira, coisa de gente!

Há um tempo pretendo falar sobre minhas preferências políticas; pela admiração pelas coisas e pela força do povo...vamos ver se consigo fazer o gancho com o vídeo da Kauany.

Quando tinha 7 anos, recém chegado em Friburgo/RJ (Nasci e morei até os 6 em Alta Floresta, no Mato Grosso) fui a um comício do Brizola, na praça, no Centro de Friburgo.

Pena que não tenho foto; vale registar que vesti a camisa social que eu tinha (azul), coloquei lenço vermelho no pescoço e santinho do Briza colado no lado esquerdo do peito. Já admirava o Brizola e sua capacidade de expressar e reunir a força do povo. Claro que tive influências familiares, mas minha admiração era genuína, como depois se firmou ainda mais e com mais clareza de percepções e análises.

Claro que, pra mim, ficou marcado o comício e ouvir Brizola falar ao vivo! Daí em diante, meu gosto por política e a identificação com as forças populares só foi aumentando. Fora Collor/92; Brizola e Garotinho/94; Lula, Brizola e Garotinho/98...

Garotinho pra mim, hoje, é um engodo. Nada de progressista e muito menos de esquerda. Mas penso o seguinte (e me conforta): se essa cara conseguiu enganar Brizola, Arraes (quando foi para o PSB), o que dirá de mim (na época novinho, com formação política em construção). Teve lá suas virtudes (apesar das porradas que também levou/leva da Globo), mas, como sempre, Brizola tinha razão - Garotinho não é um político orgânico e não dá pra levá-lo a sério.

Mas, tentando voltar a Kauany, me lembro dos galhardetes de Lula e Brizola (candidato a vice de Lula) em 98. Eu já morava no Rio (capital) por conta da natação e me lembro da expressão gravada nos galhardetes da chapa PT/PDT: "Gente que conhece o Brasil". Me identificava com isso. Como disse, nasci no Mato Grosso, e, depois de ter mudado para o estado do RJ, fazia viagens, de carro, pro Centro Oeste. Ainda tinha raízes lá; meu avô Peixoto morava em Goiás. Bem, Graças a Deus, tive a oportunidade de conhecer, com um pouco mais de vivência, esse Brasilzão.

Do sudeste cosmopolita ao sertão do Mato Grosso; Alta Floresta, onde nasci, fica no norte do estado e já é Floresta Amazônica.

A Kauany, pra mim, tá inserida nesse contexto de Brasilzão, que comentei acima. Faltou falar que meus pais, hoje, moram em Garanhuns/PE, e, agradeço a Deus, também, por poder conhecer um pouco mais das coisas do povo Nordestino.

Aqui no Sudeste, "cosmopolita", vejo muito preconceito no paulista que fala mal do "baiano", ou carioca que gosta de esculachar o "paraíba". Gente que, ao contrário do galhardete de Lula e Brizola, não conhece o Brasil.

Valeu Kauany!! Me identifico com sua luta e de seus pais!

Abraços!!

Em tempo: Como é valoroso acompanhar gente contemporânea mandando bem no Congresso (raridade) como o Glauber Braga. Também de Friburgo, também com raízes no Nordeste, esquerdista e coerente!


terça-feira, 5 de abril de 2016

Três Anos Depois

Há três anos atrás publiquei o último post. Passou da hora de retomar esse espaço; pelo menos vou tentar.

De lá pra cá nasceu a Luisa, a moreninha mais linda do Brasil; que vai fazer 1 ano em junho.


De lá pra cá mudei pra São Paulo; morei na Mooca, no Butantã e resolvemos montar a base da família em São José dos Campos.

Nesse primoroso mês de abril, de São Jorge Guerreiro (23), volto a colocar as rédeas nisso aqui. Tô de molho em casa, expulsando gripe de quase um mês, e, neste momento ouvindo a obra prima - o disco Os Meninos do Rio, onde cantam vários dos meus ídolos;sente só: Nilton Campolino, Nelson Sargento, Dona Ivone Lara (sempre ela; pioneira, como admiro!), Luiz Grande, Monarco (salve o Presidente de Honra da Portela), Aluízio Machado, Jurandir da Mangueira, Niltinho Tristeza, Baianinho, Seu Jair do Cavaquinho, Dauro do Salgueiro, Elton Medeiros.



Dá uma saudade danada do Rio de Janeiro, ouvindo essas coisas, lembrando dos "causos", das rodas "-Nossa Senhora!", como diz a Leci, também radicada em Sampa (minha admiração por essa mulher guerreira, militante do samba e das causas populares).

O "molho" forçado, quando o corpo pede arrego, produz essas coisas, pensar também na nossa alma, pra onde estou indo, o que estou construindo...

Bem, pra pensar lá na frente, tem que olhar se a raiz tá bem fincada, os valores estão introjetados. Pensar em conduzir bem o barco, como o Timoneiro do Paulinho.

Lembro da Vila Isabel, o último bairro que morei no RJ, daquela comunidade raçuda, que vi de perto. Vila, te admiro! Com enredo esquerdista, com Arraes de luta (não esse PSB escroto que hoje existe), com primeiro presidente homossexual de escola de samba (que assumiu a escola em meio a tantas dificuldades), com carnaval sem patrocínio externo. Salve a Vila! E Junior Schall voltou.



Lembro da Portela querida! Mestre Monarco e a grandiosidade da azul e branco de Madureira; tanta riqueza! Me preocupa Paulo Barros; com seus rompantes agressivos e estrelismos.

Lembro da Viradouro, da minha Niterói - Ingá, Cantareira, São Domingos, Amaral Peixoto - vou levar sempre no meu coração!

Como disse lá em cima, a raiz tem que estar bem fincada na alma para poder atravessar o nevoeiro, as marés altas - os valores, sentimentos e experiências vividas é que dão a sustentação e força pro Timoneiro conduzir o navio.



Sampa também tem seu valor, apesar das marés, o navio não está à deriva, tem comando!

Certo dia, no Butantã, sexta-feira, cabeça cheia, precisando de refresco, vou pra rua; escuto ao fundo um samba de Cartola, depois emenda um da Portela, depois Dona Ivone. Me besliquei - era isso mesmo? Fui seguindo as ondas sonoras, cheguei no Bar Amazonas, na Rua Boturoca, esquina com Corifeu. Achei meu cantinho, mais casca para a raiz (quanto mais cascuda, mais forte).

Depois conhecei o Você Vai se Quiser, na Praça Roosevelt; o Bargaça (o que prestava na Aspicuelta, Vila Madalena, e infelizmente fechou), o Ó do Borogodó (Pinheiros com Vila), que tem programação de terça a domingo.

Enfim, vou tentar falar mais sobre percepções, intuições, vou me esforçar para retomar esse espaço. Bendita gripe...rsrsrs.

A gente se vê..Salve São Jorge!

Abraços!!!!

domingo, 7 de abril de 2013

Luau, Luíza, etc

Quinta feira - antes do feriado da Páscoa - fomos, eu e minha morena, ao Luau do projeto Samba Identidade Nossa. Bacana, bacana..acontece uma vez por mês num quiosque, no Aterro do Flamengo - perto dos campos de futebol, na altura do hotel Novo Mundo.

A roda começou com as meninas do Moça Prosa, grupo formado por mulheres; que se formou na oficina de percussão da Pedra do Sal. Elas estão começando agora..sorte pra elas!!

Terno de Cambraia começou os trabalhos e logo convocou-se a GRANDE convidada da noite: LUÍZA DIONÍSIO!! Aí, cumpadres, o bicho pegou!!


Luíza é energizada..taca fogo no terreiro..ou na beira da praia (estávamos ali perto)!!

Com o seu talento e sua fibra no cantar a sua vibração não passa despercebida.

No seu CD (adquiram, adquiram) tem uma faixa que é composição do Ratinho "Alma"; é tocante! "Você não pode cantar meu samba assim sem alma, tem que ter calma pra poder compreender"

Bem, o projeto do Luau acontece uma vez por mês - fiquem de olho. A Luíza tá no Carioca da Gema toda sexta-feira. Desejo sorte às meninas do Moça Prosa. A oficina de percussão da Pedra do Sal acontece toda terça-feira: das 18:00 as 20:00.

Abraços!!

segunda-feira, 25 de março de 2013

E o Nordeste...

Alô rapaziada!

Semana passada foi puxada..audiência em Campos, audiência em Vitória...labuta!!

No trajeto Campos - Vitória peguei um ônibus da Itapemirim - destino final era Aracaju.

O ônibus não era confortável e parecia que não havia sido higienizado. Me parece que a empresa não liga muito para as condições do transporte que carrega a gente simples do Nordeste. Os céticos vão dizer que é pra baratear a passagem...tsc!

E é sobre a gente simples do Nordeste que eu queria falar um pouco. Reparei na felicidade daquele pessoal por estar viajando pra terra mãe.

Na verdade quem chamou a atenção foi um senhor (parecia ter uns 60 anos). Pois bem, ele pegou o ônibus em Cachoeiro de Itapemirim. No início ficou "na dele", depois passou a confraternizar com quase todo o ônibus.

Começou explicando que havia pego o transporte errado; que comprou a passagem pra Aracaju e estranhou quando o ônibus teve sua parada final em Cachoeiro. A rapaziada se entusiasmou com a conversa - o coroa, de fato, era muito engraçado. Disse que não admitia ser "barrado no baile"; seu objetivo era ir pra Aracaju; que a culpa foi do motorista que não conferiu sua passagem.



Estabelecido o diálogo, o "trabalho" uniu o senhor ao restante da rapaziada; quase todos eram operários em obras no Estado do Rio. Disseram que a comida daqui não tem o mesmo gosto da comida do "Norte" - a carne de boi daqui não é igual a carne de lá...

Daí me veio uma importante observação do coroa: "não se deve menosprezar nenhum tipo de alimento, que é obra de Deus". Sabedoria de quem, com certeza, já passou por momentos difíceis.

Outro ponto interessante foi o comentário de que se não fosse a seca, ele não teria nenhuma vontade de sair da sua terra.

Desci em Vitória, mas o entrosamento estava tanto que o senhor já estava trocando contatos com os garotos para futuros serviços em obras que estariam por vir. Outro ponto de solidariedade que achei interessante.

O texto tá se alongando, mas gostaria de compartilhar algumas coisas.

Acho que quem é do Rio ainda é muito preconceituoso com o Nordeste (e os nordestinos). Acho que o carioca, às vezes, é muito cruel. Vende a imagem de boa praça, mas não hesita em taxar logo a turma de paraíba.

Lembro do filme Gonzaga, que emocionou pra caramba. O Rei do Baião despontou (ganhou o Brasil) quando assumiu suas origens, assumiu a figura do nordestino, cantou as coisas do Nordeste e encantou todo mundo.


Lembro do Malandro da Umbanda, que se fez malandro na Lapa, no Estácio, na boemia do Rio, mas sua origem me parece que é nordestina. Não é isso Malandro Baiano? O líder da falange dos malandros da Casa do Caboclo Sete Flechas. Ou até mesmo Seu Zé Pelintra - que acho que não nasceu nas bandas daqui, mas nas bandas do "Norte". E o catimbó? Quero saber mais sobre o catimbó.


Bem, vou parar por aqui. Deixo em aberto essas provocações. Continuemos...

Abraços!!

PS: Aproveitando que toquei no assunto, informo aos navegantes que o PROFESSOR Luiz Antonio Simas irá proferir o CURSO "MALANDRAGEM: MITO E HISTÓRIA". Seguem comentários do Simas:

"Amigos, nas duas primeiras semanas de maio oferecerei, na livraria Al-Farabi, um curso sobre a História da malandragem no Rio de Janeiro, um tema que venho pesquisando com mais rigor. O curso ocorrerá aos sábados, no horário da manhã, com vagas limitadas. As aulas custarão R$ 100,00 por cabeça e as inscrições podem ser feitas na própria livraria - Rua do Rosário, 30 - ou pelo telefone 22330879. Vejam abaixo o programa:

TEMAS ABORDADOS:
- As origens da malandragem no Rio de Janeiro do pós-abolição.
- O Malandro na estrutura social carioca: entre a exclusão social e a ética do não-trabalho.
- A lei de vadiagem de 1890 e a criminalização do malandro: das pernadas da capoeira aos batuques dos sambas.
- Madame Satã e Zé Pelintra: O malandro no território da História e o malandro no território do mito.
-A geografia da malandragem: Estácio de Sá, Lapa, Praça Mauá, Zona do Mangue, rodas de samba e terreiros de macumba na Primeira República.
- A Era Vargas e a ética do trabalho: o malandro morreu?"


domingo, 17 de março de 2013

Voltando...(as coisas)

Alô navegantes! Muito tempo sem passar por aqui...coisas da vida!!

Hoje tirei o CD do Ratinho pra ouvir!! A vontade de escrever voltou. O Rato era mestre na composição...craque de verdade!! Simplicidade que consegue traduzir nossos sentimentos.

Capa do CD
Simplicidade..sempre aposto nela! Para enfrentar as coisas da vida..e como tem coisa! Cada um define "a coisa" da maneira que lhe convier.

Um dos conselhos do Alcino (nome do Ratinho) é se cobrir com o Manto do Samba (faixa 3 do seu CD):

"Venha pro mundo do samba
E se encontre com a paz
Foi no meio dos bambas
Que eu me livrei dos meus ais
Um conselho de amigo
Sempre é bom de se ouvir
Se cubra com o manto do samba
E volte a sorrir" (trecho)

Ratinho e Monarco. Sabe "Vai vadiar" e "Coração em desalinho"?  É deles!
E quando tu tem que passar pra sua amada que ela a única; é fonte de força pra sua vida; mas tu tem suas "coisas", assim como ela:

Tente me entender
Pois só você me dá prazer
De viver bem
Defeitos todo mundo tem (trecho Tente me entender)

Ratinho e Elton Medeiros na Toca (quintal da sua casa). Acho que ao fundo estão Denise (sua esposa) e Ircéia (irmã do Zeca)
E os amigos, que também são alento pra essa vida!! Tem que cultivar..perder contato é fácil!

"Amigo é o motivo do bem sem intenção
É lenitivo
Até num aperto de mão
Amigo não é palavra em vão
Amigo de fé é mais que irmão
Amigo é coisa do coração" (trecho Amigo não é conselho)

Pra quem tá sofrendo de dor de cotovelo (graças a Deus não é meu caso), sente essa:

"É..mas foi meu coração que sofreu avarias
Pois profanaste a sorte dos meus dias
Com profecias
De algum anjo ateu" (trecho Como te amei)

..sai pra lá anjo ateu...rsrsrs

Bem, tem outros trechos, outras músicas que gosto pra caramba!! Acho que vc ainda acha o CD do Ratinho no Bip Bip ou na Folha Seca..se tiver mais informações posto por aqui.

A ideia é não deixar isso aqui morrer. Ratinho, hoje, me ajudou, lá de cima, a retomar esse espaço..Muito Obrigado!!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Samba da Amendoeira



O amigo Thales Ramos, hoje, provocou minhas lembranças do Samba da Amendoeira. A simpatia desse grupo tá estampada na foto acima. Taí uma rapaziada digna de respeito...que conhece e sabe tocar samba bonito!
Em sentido horário Mingo, Phelipe, Yuri, Rafinha, Monem e André.

Os finais de domingo na Toca da Gambá eram a mola propulsora do início da semana...era a dose de felicidade pra encarar a segunda-feira e os caminhos dos dias vindouros. Se não bastasse o Amendoeira por si só, haviam os convidados que fervilhavam ainda mais a roda. Ainda hoje comento com o amigo Carneiro o dia que o saudoso Ratinho apareceu por lá..embriagados nós ficamos com a oportunidade de termos vivenciado aquele domingo a noite!

Até Marina, num desses domingos, dançou miudinho meu bem, miudinho, convocada por Juninho Thybau, que pediu minha autorização (claro).

Pois bem, a vida seguiu e o Amendoeira passou a fechar os domingos no Solar do Jambeiro (na época, perto de casa, ia a pé). Mesmo esquema: viagra pra luta nossa de cada dia.

Agradeço a essa turma a inspiração pra enfrentar as batalhas da vida!

Hoje a casa do Samba da Amendoeira é o Karicatura Botequim (estão bem abrigados), e, em vez de domingo, agora é sexta...e contam com o belo auxílio da Monica Mac...chega lá pra ver o que falei aqui!

Eu e Marquinho (meu irmão) acordávamos no outro dia (pós Amendoeira) cantando essa música aqui:


Abraços!!!!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Ingá Taí!

Alô amigos! Eis que recebo e-mail do Eduardo falando de um querido bloco de Niterói: o Ingá Taí Direito.

Já havia falado sobre o bloco aqui.

A rapaziada é bacana e agora surgiu a agremiação: Grêmio Recreativo Cultural do Ingá. Bem, sou suspeito pra falar do bairro do Ingá  - saudades daquele pedaço de terra entranhando entre Icaraí e o Centro de Niterói!

O desfile acontece no dia 11 de fevereiro, com concentração em frente à Faculdade de Direito da UFF.

No início (12:00 horas) vai ter apresentação da banda de marchinhas; em seguida, esquenta da bateria e desfile do bloco pela Presidente Pedreira, Paulo Aves, Tiradentes, José Bonifácio, com a apoteose na Pres. Pedreira.

Vou atravessar a ponte e curtir essa parada...os blocos do Rio estão cada vez mais insuportáveis.

Alô Eduardo, Pocahontas e cia., confio em vocês para não deixar a peteca cair! Confio na alma boêmia de vocês.

Abraços!!!