E aí rapaziada, tudo certo? Bem, assisti esse vídeo aqui:
Quem ainda não assistiu, dá uma clicada. É um vídeo simples, da Kauany Sousa, que se formou em Serviço Social no ano passado. É de Mossoró, Rio Grande do Norte.
Pois tá bom, e daí? Esse vídeo, pra mim, representou bastante coisa; me emocionei sim (fazer o quê?).
A Kauany levantou a enxada para homenagear seus pais, trabalhadores do campo! A emoção e a homenagem dela são tocantes! Verdadeira, coisa de gente!
Há um tempo pretendo falar sobre minhas preferências políticas; pela admiração pelas coisas e pela força do povo...vamos ver se consigo fazer o gancho com o vídeo da Kauany.
Quando tinha 7 anos, recém chegado em Friburgo/RJ (Nasci e morei até os 6 em Alta Floresta, no Mato Grosso) fui a um comício do Brizola, na praça, no Centro de Friburgo.
Pena que não tenho foto; vale registar que vesti a camisa social que eu tinha (azul), coloquei lenço vermelho no pescoço e santinho do Briza colado no lado esquerdo do peito. Já admirava o Brizola e sua capacidade de expressar e reunir a força do povo. Claro que tive influências familiares, mas minha admiração era genuína, como depois se firmou ainda mais e com mais clareza de percepções e análises.
Claro que, pra mim, ficou marcado o comício e ouvir Brizola falar ao vivo! Daí em diante, meu gosto por política e a identificação com as forças populares só foi aumentando. Fora Collor/92; Brizola e Garotinho/94; Lula, Brizola e Garotinho/98...
Garotinho pra mim, hoje, é um engodo. Nada de progressista e muito menos de esquerda. Mas penso o seguinte (e me conforta): se essa cara conseguiu enganar Brizola, Arraes (quando foi para o PSB), o que dirá de mim (na época novinho, com formação política em construção). Teve lá suas virtudes (apesar das porradas que também levou/leva da Globo), mas, como sempre, Brizola tinha razão - Garotinho não é um político orgânico e não dá pra levá-lo a sério.
Mas, tentando voltar a Kauany, me lembro dos galhardetes de Lula e Brizola (candidato a vice de Lula) em 98. Eu já morava no Rio (capital) por conta da natação e me lembro da expressão gravada nos galhardetes da chapa PT/PDT: "Gente que conhece o Brasil". Me identificava com isso. Como disse, nasci no Mato Grosso, e, depois de ter mudado para o estado do RJ, fazia viagens, de carro, pro Centro Oeste. Ainda tinha raízes lá; meu avô Peixoto morava em Goiás. Bem, Graças a Deus, tive a oportunidade de conhecer, com um pouco mais de vivência, esse Brasilzão.
Do sudeste cosmopolita ao sertão do Mato Grosso; Alta Floresta, onde nasci, fica no norte do estado e já é Floresta Amazônica.
A Kauany, pra mim, tá inserida nesse contexto de Brasilzão, que comentei acima. Faltou falar que meus pais, hoje, moram em Garanhuns/PE, e, agradeço a Deus, também, por poder conhecer um pouco mais das coisas do povo Nordestino.
Aqui no Sudeste, "cosmopolita", vejo muito preconceito no paulista que fala mal do "baiano", ou carioca que gosta de esculachar o "paraíba". Gente que, ao contrário do galhardete de Lula e Brizola, não conhece o Brasil.
Valeu Kauany!! Me identifico com sua luta e de seus pais!
Abraços!!
Em tempo: Como é valoroso acompanhar gente contemporânea mandando bem no Congresso (raridade) como o Glauber Braga. Também de Friburgo, também com raízes no Nordeste, esquerdista e coerente!
Cabeças cortadas
Há 2 anos