terça-feira, 5 de abril de 2016

Três Anos Depois

Há três anos atrás publiquei o último post. Passou da hora de retomar esse espaço; pelo menos vou tentar.

De lá pra cá nasceu a Luisa, a moreninha mais linda do Brasil; que vai fazer 1 ano em junho.


De lá pra cá mudei pra São Paulo; morei na Mooca, no Butantã e resolvemos montar a base da família em São José dos Campos.

Nesse primoroso mês de abril, de São Jorge Guerreiro (23), volto a colocar as rédeas nisso aqui. Tô de molho em casa, expulsando gripe de quase um mês, e, neste momento ouvindo a obra prima - o disco Os Meninos do Rio, onde cantam vários dos meus ídolos;sente só: Nilton Campolino, Nelson Sargento, Dona Ivone Lara (sempre ela; pioneira, como admiro!), Luiz Grande, Monarco (salve o Presidente de Honra da Portela), Aluízio Machado, Jurandir da Mangueira, Niltinho Tristeza, Baianinho, Seu Jair do Cavaquinho, Dauro do Salgueiro, Elton Medeiros.



Dá uma saudade danada do Rio de Janeiro, ouvindo essas coisas, lembrando dos "causos", das rodas "-Nossa Senhora!", como diz a Leci, também radicada em Sampa (minha admiração por essa mulher guerreira, militante do samba e das causas populares).

O "molho" forçado, quando o corpo pede arrego, produz essas coisas, pensar também na nossa alma, pra onde estou indo, o que estou construindo...

Bem, pra pensar lá na frente, tem que olhar se a raiz tá bem fincada, os valores estão introjetados. Pensar em conduzir bem o barco, como o Timoneiro do Paulinho.

Lembro da Vila Isabel, o último bairro que morei no RJ, daquela comunidade raçuda, que vi de perto. Vila, te admiro! Com enredo esquerdista, com Arraes de luta (não esse PSB escroto que hoje existe), com primeiro presidente homossexual de escola de samba (que assumiu a escola em meio a tantas dificuldades), com carnaval sem patrocínio externo. Salve a Vila! E Junior Schall voltou.



Lembro da Portela querida! Mestre Monarco e a grandiosidade da azul e branco de Madureira; tanta riqueza! Me preocupa Paulo Barros; com seus rompantes agressivos e estrelismos.

Lembro da Viradouro, da minha Niterói - Ingá, Cantareira, São Domingos, Amaral Peixoto - vou levar sempre no meu coração!

Como disse lá em cima, a raiz tem que estar bem fincada na alma para poder atravessar o nevoeiro, as marés altas - os valores, sentimentos e experiências vividas é que dão a sustentação e força pro Timoneiro conduzir o navio.



Sampa também tem seu valor, apesar das marés, o navio não está à deriva, tem comando!

Certo dia, no Butantã, sexta-feira, cabeça cheia, precisando de refresco, vou pra rua; escuto ao fundo um samba de Cartola, depois emenda um da Portela, depois Dona Ivone. Me besliquei - era isso mesmo? Fui seguindo as ondas sonoras, cheguei no Bar Amazonas, na Rua Boturoca, esquina com Corifeu. Achei meu cantinho, mais casca para a raiz (quanto mais cascuda, mais forte).

Depois conhecei o Você Vai se Quiser, na Praça Roosevelt; o Bargaça (o que prestava na Aspicuelta, Vila Madalena, e infelizmente fechou), o Ó do Borogodó (Pinheiros com Vila), que tem programação de terça a domingo.

Enfim, vou tentar falar mais sobre percepções, intuições, vou me esforçar para retomar esse espaço. Bendita gripe...rsrsrs.

A gente se vê..Salve São Jorge!

Abraços!!!!

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