Li essa notinha aí do lado, que é da coluna do Ancelmo (no Globo) e fiquei estarrecido. Depois vi que o Eduardo Goldenberg também escreveu sobre esse triste fato no seu blog, buteco do Edú.
Achei que o jornal mandou mal em chamar a ONG HUMAN RIGHTS WATCH, que é uma instituição séria, de ONG gringa. Desqualificou a pesquisa.
Mas isso é pouco perto da fala e do comportamento desse representante de associação de moradores do LEBLON. Um idiota, um verme. Seu comportamento é emblemático de uma parcela da população que elege Sivuca(s) e Bolsonaro(s) da vida e repete o discurso fácil de que bandido bom é bandido morto.
O lance é que essa atual polícia não quer saber quem é bandido ou não, sai atirando. Se for rapaz jovem, negro, favelado, a sentença de morte é iminente.
O líder comunitário do LEBLON afirma que em qualquer confronto, sempre alguém tem de pagar o preço, quando se refere às pessoas mortas em confronto. Visão e alcance limitados. O preço retorna pra toda população, que paga a conta da incitação ao ódio promovida por ele e seus semelhantes.
Tem que cobrar inteligência nas ações da Polícia, construção de casas de custódia, modernização de delegacias, reformulação do sistema penitenciário, formulação de políticas de prevenção a violência. Mas a liderança comunitária do LEBLON acha isso muito trabalhoso, afinal, na sua visão míope, pra quê ficar pensando nisso; o negócio é dobrar o número de mortes praticadas pela polícia. Pede aplausos pro seu ponto de vista. Os aplausos vão retornar depois em forma de mais bala perdida, guerra na Rocinha, nos Macacos e por aí vai. O líder do LEBLON vai ficar com medo, vai blindar o carro e pedir mais mortes. É um ciclo vicioso.
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