sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

E Sábado...


Feijoada da Tia Surica no Teatro Rival. Se apresentam DNA do Samba e o GRANDE Sombrinha. Feijão + Samba tá R$35,00.
O pessoal do DNA manda bem, o talento tá no sangue. São filhos/netos de Dona Ivone, Martinho, Noca, Nei Lopes, Nelson Sargento. Acho que o filho do Carlinhos 7 também tá no time.

Feijoada do Império Serrano lá em Madureira.
10,00 a entrada + 10,00 o feijão.
Grupo Senzala (roda das boas), Jorginho do Império e a Bateria Imperiana.

Festa Criolice em Padre Miguel.
Celebração da cultura afro-brasileira. Roda de Samba com o grupo Opaxorô.
Começas as 16:00 e não tem hora pra acabar.
Vai rolar feirinha, culinária e DJs nos intervalos.
De Graça. Rua do Point Chic Charme. Vai ser realizada todos os sábados.

Faça sua escolha e celebre o SAMBA!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Quem é de sambar


Acabou o reinado de Momo. Vida que segue. Na foto, estamos na Marquês. Elizimar no meio, emocionada, sendo abraçada por mim e por Marlúcia. As duas são tias da Marina, minha morena.

Fitinha da Mangueira na cabeça, a Zimá deu uma bronca na gente (merecida) porque estávamos demorando a resolver se íamos ou não assistir aos desfiles.

Ficamos na dispersão (setor 13) e assistimos Grande Rio, Vila e o sensacional desfile da Mangueira, que foi ovacionada no final.

Achei que a foto é o retrato do(s) sentimento(s) que Momo (evoé!) emana pra gente no carnaval.

Domingo, desfilei na Viradouro. Depois da apresentação fui pra casa da Marina. Cheguei atordoado - vocês acham que foi desfile pra descer mesmo? eu perguntava, com a esperança de uma boa resposta.

Enfim, minha escola desceu. Vi uma penca de coisa errada antes, durante e depois do desfile. Membros da comunidade que foram a todos os ensaios e não receberam fantasia porque não ficou pronta. Baianas que foram até a Cidade do Samba pegar fantasia e depois foram A PÉ pra Sapucaí. Uma porrada de gente que não tem nenhum vínculo com a ESCOLA vestida de diretoria pra tirar onda. Presidente 71 (ou bêbado, sei lá) que discursou na avenida dizendo que a Viradouro vinha pra disputar título. Teve mais...porém não vou ficar alongando o texto.

Eduardo Carvalho escreveu aqui que as Escolas de Samba, por mais merda que façam seus dirigentes, são patrimônio de seus torcedores; pertencem ao povo! São as nossas emoções - o choro da Zimá pela Mangueira, por exemplo - que fazem a Escola pulsar.

E num momento ruim como esse pra Viradouro, se a comunidade não chegar junto, a ESCOLA afunda.
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Carnaval acaba, mas, graças a Deus, o samba rola firme aqui por essas bandas. É roda de ressaca de carnaval. É pagode das campeãs...por aí vai.

E como escreveram Sombrinha e Marquinho PQD:

Quem samba procura o prazer de viver
Desfaz essa mágoa que só faz sofrer
Meu samba tá pronto pra te receber

*música: Quem é de sambar

Abraços!!!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Momo, venha reinar!


Carnaval tá aí. Agora é Momo que manda. Dane-se o resto.
Pois bem, o pessoal da revista DIÁLOGO URBANO (loucos) pediram pra que eu (um bacharel em Direito, metido a jornalista) fizesse uns escritos sobre carnaval. Entrei nessa loucura e me meti a escrever a coluna.
Divido abaixo com vocês.

O pulo do gato do Carnaval

É muito comum ouvirmos que Carnaval é uma época de desconstrução de desigualdades; que o rico samba junto com o pobre, ou que, nessa época, as comunidades dos subúrbios, através das escolas de samba, são os holofotes da cidade. Agora, de onde vem essa concepção? Como as escolas de samba conseguiram atingir o patamar de reconhecimento que possuem hoje? Aí eu acho que vale a pena a gente dar uma recapitulada na história.

Até a virada do século XIX para o XX, o Entrudo era o grande divertimento do carnaval carioca. Mas que raio de diversão com nome estranho era essa? Seguinte, o Entrudo era uma festa popular de tradição portuguesa, que precedia a quaresma, onde o grande barato era sair às ruas para molhar as pessoas com baldes de água e os limões de cheiro. Esses eram fabricados em casa, com cera fina; tinham formato de laranja e eram preenchidos com água suja e xixi. Todo mundo entrava na brincadeira. Dizem que até a família Real era adepta dessa diversão.

O Entrudo fora proibido várias vezes, era também perseguido pela polícia e foi perdendo espaço. Ainda na virada de século (XIX para o XX) os jornais retomam a idéia de promover concursos carnavalescos. A imprensa acreditava que cumpria um papel pedagógico perante a população, no sentido de “ensinar” como deveria ser feito o carnaval.

Indo nesse caminho, a mídia da época adotava como padrão de carnaval, o que era realizado pelas sociedades carnavalescas e pelos ranchos. Eram esses grupos, até então, a referência de carnaval para os “ditos” formadores de opinião. Acontece que, tanto o rancho, quanto a sociedade carnavalesca, eram manifestações de parcelas mais favorecidas da população.

Por outro lado, os membros de grupos carnavalescos populares, como os Cordões, estavam em busca de reconhecimento pela imprensa, desejavam a legitimação de suas manifestações. Essa busca pelo reconhecimento da mídia era explícita. Os Cordões, em seus desfiles pelo centro da cidade do Rio, costumavam trazer faixas saudando os jornais.

Nessa busca por prestígio junto à mídia, os grupos populares passaram a encampar símbolos dos outros grupos em suas apresentações. Juntaram as alegorias oriundas das sociedades, com a baliza e mestre-sala dos ranchos, além do desfile uniforme em linha reta. Esses padrões foram incorporados ao batuques, que já comia solto nas comunidades, e a marcação do ritmo. Surge a Escola de Samba!! Fruto da criatividade e originalidade do povo do Rio (não entendam como bairrismo, por favor).
Em 1932, o jornal Mundo Esportivo promove o primeiro concurso de Escolas de Samba. Novidade na época, pois, até então, só havia disputa entre ranchos e sociedades. Aí não parou mais. Bem sucedidas em seus desfiles, as escolas de samba atraíam para si a atenção do público e da mídia. É o fenômeno que assistimos hoje.

Comecei o texto falando sobre quebra de desigualdades proporcionada pelo carnaval. Acredito, firmemente, que o samba, o carnaval e suas escolas têm o poder de remover barreiras não apenas em fevereiro, mas durante todo o ano. Posso afirmar a vocês que eu conhecia muito pouco do subúrbio. Mas o samba instiga! O interesse por suas escolas nos faz pegar o trem e beber água da fonte. Que tal conhecer Osvaldo Cruz e Madureira? Acompanhar a carreata do Império Serrano no Dia de São Jorge. Conhecer a quadra do Bloco Boêmios de Irajá – Zeca Pagodinho tem esse apelido porque sua família fazia parte da Ala do Pagodinho, nesse bloco.

Tem a roda do Cacique, domingo, finalzinho de tarde, lá na Rua Uranos. Ou o samba comandado pelo Ratinho, no quintal da sua casa, lá em Todos os Santos. Enfim, o que quero dizer é que dificilmente teria a oportunidade de conhecer esses lugares se não fosse a admiração pelo carnaval e pelo samba. Esse interesse é capaz de promover a interação social, o contato com realidades diferentes, que, a meu ver, são extremamente necessários pra quem quer o bem do Rio de Janeiro. A sensação de pertencimento ultrapassa os limites do que já era conhecido, rompe a cidade partida.

Cantar Doce Refúgio, do Fundo de Quintal, sabendo como é o Cacique de Ramos dá outra sensação. É possível até se emocionar! Aconselho aos amantes do samba a pisarem no chão e conhecer os quintais e quadras de onde saíram as melodias que tanto nos encantam. Quem gosta de carnaval não pode coroar e defender o subúrbio e suas comunidades só em fevereiro. Passemos a prestar mais atenção e a reivindicar pela cidade como um todo: zonas norte, oeste, centro e zona sul.

Acredito que é esse o pulo do gato que o carnaval pode propiciar.
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Abraços!!!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Bloco do Simas - sutilezas na Tijuca


Chegamos, eu e Marina, à praça Xavier de Brito. Logo avistei a turma - Nem Muda Nem Sai do Simas - fazendo a festa no cantinho do Bar do Pavão, mais precisamente em frente a casa de Dona Olívia.

Pausa pra dizer que era tudo novo pra mim; não conhecia o lugar fisicamente, apenas imaginava de acordo com os escritos dos bardos tijucanos.

Pedimos dois chopes e eis que passa o Edú Goldenberg na nossa frente. O chamo pelo nome e me apresento - Sou o Marcelo, seu fiel leitor.

Foi a senha para a enturmação. O jeitinho mineiro faz a gente chegar devagar, observar, cozinhar o galo. Mas a hospitalidade tijucana certeira do Edú ordenou - Ô Marcelo, vem pra cá pô!

Fomos logo apresentados a doçura da Tia Nadja; impossível não se sentir à vontade. Candinha, esposa do Simas, estava sentada ao seu lado.

Mais chopes, feijão pra dar sustância, bate-papo gostoso com Tia Nadja e me animo a entrar na roda do Bloco. O homenageado, Luiz Antonio Simas, mandava ver no cavaco.

Passando a engrossar o coro dos seguidores do Simas, pude conhecer Lúcio Lemos e Juliano Brandão, que também estavam acompanhados de suas respectivas. Reconheço Cláudio Renato na roda (depois vim a cumprimentá-lo).

Eis que José Sérgio Rocha me oferece um tamborim e, de corista do samba do Simas, passo a ser músico do Bloco...rsrsrs

A intenção aqui é registrar os momentos sutis recheados de ricos significados que pude vivenciar no Nem Sai do Simas.

Escrevi aqui que a leitura do Buteco do Edú foi um dos motivos que me fez criar esse espaço cibernético. Então confraternizar com o Goldenberg, na Tijuca, já era bastante significativo.

Mas a Tijuca, aquele cantinho, aquele bar foram capazes de extrapolar as boas sensações que eram previstas. Tava me sentindo em Niterói (minha cidade). A cordialidade pairava no ar; nos deixava bem à vontade. Pausa para elogiar a simpatia dos donos do bar e dos atendentes.

Num momento, Dona Olívia deixa sua casa junto de seu marido (ambos em traje de gala) e são saudados pelo Bloco. Retribuem a saudação e partem, elegantérrimos, rumo ao evento que os aguardava. Instante antológico pra mim, que, repito, até então não conhecia a magia do lugar.

Certa hora, irrompe um senhor passeando com seu cachorro no meio da roda, dá uma sambadinha, acompanhado do cão, e segue seu caminho. Sei não, mas acho que se fosse em outro lugar iria rolar uma reclamação rabujenta sobre a presença do Bloco na calçada.

Ainda não falei sobre o boné vermelho com o número 12 estampado na lateral. Sim, era boné de campanha de Leonel de Moura Brizola. ESTADISTA que comecei a seguir aos 6 anos de idade, quando amarrei lenço vermelho no pescoço e fui assistir meu primeiro comício.

O grand finale desse registro eu deixo para o momento em que o Simas falou sobre um tal de Cilico, se alguém conhecia esse compositor de Niterói e tal. Eu imediatamente acenei que sim - vejam aqui o que escrevi sobre o Cilico. Passamos a cantarolar Icaraí em plena praça Xavier de Brito. Fato totalmente inesperado pra mim.

Tarde/noite do dia 6 de fevereiro de 2010. Bar do Pavão, Tijuca.

Abraços!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Rogerinho, Balneário, Ouvidor


Quem se apresenta hoje (sexta) no Balneário da Lapa é o Rogerinho Ratatúia. É o sangue bom de boné, aí na foto, se apresentando na Mangueira.

Já o vi cantando no samba do Marquinhos PQD, no Clube Guanabara. Rogerinho é carismático, empolgado, sabe cativar a rapaziada.

A turma tava pedindo pra ele se apresentar na Lapa. O Ratatúia tem uma roda aos sábados, no Bar do Seu Tomé, no Recreio.

Boa opção pra hoje. Começa 21 horas. A entrada tá R$ 10,00. O Balneário fica ali no começo da Mem de Sá, na Lapa.
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Samba da Ouvidor

Lembrando aos navegantes que o Samba da Ouvidor retorne neste sábado, nas esquinas de Rua do Mercado com Ouvidor - frente a Bolsa de Valores.
Continua de graça. Começa as 14 horas.

Valeu!!!

Novidades da Toca


A nossa querida Toca da Gambá vai oferecer, em breve, oficinas de percussão e capoeira. Vamos ficar ligados. Acho que vai ser uma boa!

Estive lá no segundo domingo de janeiro. Ratinho era o convidado. O amigo Carneiro - gente boa - também desceu a ponte, no staff do Rato. Quem também esteve presente foi o Abel - Sivuquinha, que tocava com o Moacyr Luz no Renascença. Fiquei surpreso com suas composições, na canja que deu. Surpresa boa, pois as músicas são ótimas. Rolou até um jongo.

Domingo agora vai ter o Bloco Cordão da Amendoeira (pessoal do samba da amendoeira). Começa as 16 horas, com dose dupla de original até as 18 h.

Beleza!!