segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Bloco do Simas - sutilezas na Tijuca


Chegamos, eu e Marina, à praça Xavier de Brito. Logo avistei a turma - Nem Muda Nem Sai do Simas - fazendo a festa no cantinho do Bar do Pavão, mais precisamente em frente a casa de Dona Olívia.

Pausa pra dizer que era tudo novo pra mim; não conhecia o lugar fisicamente, apenas imaginava de acordo com os escritos dos bardos tijucanos.

Pedimos dois chopes e eis que passa o Edú Goldenberg na nossa frente. O chamo pelo nome e me apresento - Sou o Marcelo, seu fiel leitor.

Foi a senha para a enturmação. O jeitinho mineiro faz a gente chegar devagar, observar, cozinhar o galo. Mas a hospitalidade tijucana certeira do Edú ordenou - Ô Marcelo, vem pra cá pô!

Fomos logo apresentados a doçura da Tia Nadja; impossível não se sentir à vontade. Candinha, esposa do Simas, estava sentada ao seu lado.

Mais chopes, feijão pra dar sustância, bate-papo gostoso com Tia Nadja e me animo a entrar na roda do Bloco. O homenageado, Luiz Antonio Simas, mandava ver no cavaco.

Passando a engrossar o coro dos seguidores do Simas, pude conhecer Lúcio Lemos e Juliano Brandão, que também estavam acompanhados de suas respectivas. Reconheço Cláudio Renato na roda (depois vim a cumprimentá-lo).

Eis que José Sérgio Rocha me oferece um tamborim e, de corista do samba do Simas, passo a ser músico do Bloco...rsrsrs

A intenção aqui é registrar os momentos sutis recheados de ricos significados que pude vivenciar no Nem Sai do Simas.

Escrevi aqui que a leitura do Buteco do Edú foi um dos motivos que me fez criar esse espaço cibernético. Então confraternizar com o Goldenberg, na Tijuca, já era bastante significativo.

Mas a Tijuca, aquele cantinho, aquele bar foram capazes de extrapolar as boas sensações que eram previstas. Tava me sentindo em Niterói (minha cidade). A cordialidade pairava no ar; nos deixava bem à vontade. Pausa para elogiar a simpatia dos donos do bar e dos atendentes.

Num momento, Dona Olívia deixa sua casa junto de seu marido (ambos em traje de gala) e são saudados pelo Bloco. Retribuem a saudação e partem, elegantérrimos, rumo ao evento que os aguardava. Instante antológico pra mim, que, repito, até então não conhecia a magia do lugar.

Certa hora, irrompe um senhor passeando com seu cachorro no meio da roda, dá uma sambadinha, acompanhado do cão, e segue seu caminho. Sei não, mas acho que se fosse em outro lugar iria rolar uma reclamação rabujenta sobre a presença do Bloco na calçada.

Ainda não falei sobre o boné vermelho com o número 12 estampado na lateral. Sim, era boné de campanha de Leonel de Moura Brizola. ESTADISTA que comecei a seguir aos 6 anos de idade, quando amarrei lenço vermelho no pescoço e fui assistir meu primeiro comício.

O grand finale desse registro eu deixo para o momento em que o Simas falou sobre um tal de Cilico, se alguém conhecia esse compositor de Niterói e tal. Eu imediatamente acenei que sim - vejam aqui o que escrevi sobre o Cilico. Passamos a cantarolar Icaraí em plena praça Xavier de Brito. Fato totalmente inesperado pra mim.

Tarde/noite do dia 6 de fevereiro de 2010. Bar do Pavão, Tijuca.

Abraços!

3 comentários:

  1. Marcelo,

    Que tarde/noite aquela da Xavier de Brito, hein? Vamos nos falando para marcar futuros chopes!

    Prazer, camarada!

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  2. Foi um prazer receber vocês lá. E que tenha sido o primeiro de muitos outros encontros. Forte abraço.

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  3. Amor,é bom demais ler seus posts e relembrar o qto o rio,nikiti e o samba só nos trazem dias memoráveis!obrigada a vcs 4! amo

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